Uma equipe de pesquisadores da Austrália sugere o uso de métodos de computação quântica já existentes para construir uma imensa matriz de telescópios espaciais que podem atingir o tamanho de planetas.
Segundo os autores do estudo, publicado no servidor de pré-impressão arXiv e ainda não revisado por pares, esses observatórios poderiam investigar ainda mais o espaço profundo e captar alvos distantes em resolução muito maior, algo que poderia “revolucionar a imagem astronômica”.
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Liderada por Zixin Huang, da Universidade Macquarie, na Austrália, a equipe propõe um interferômetro – na linguagem da astronomia, isso significa uma série de observatórios individuais que formam um único telescópio – que pode superar limitações físicas, incluindo perdas e ruídos, usando técnicas de comunicação quântica.
No conceito, cada fóton que chega à matriz do telescópio poderia ser processado separadamente antes de ser gravado em um dispositivo especial de armazenamento de memória quântica.
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Uma vez que os dados desses fótons seriam emaranhados quânticos — um fenômeno que permite que duas ou mais partículas se conectem, mesmo estando distantes, compartilhando um estado quântico unificado — os telescópios individuais poderiam compartilhar informações entre si instantaneamente.
A imagem final que esse processo criaria ainda poderia conter erros e falhas, e é aí que entram computadores quânticos. De acordo com pesquisas anteriores, essas máquinas seriam teoricamente capazes de corrigir seus próprios erros sem ter que executar quaisquer simulações numéricas, ao contrário de um computador clássico.
Colocar a ideia em prática ainda está longe de acontecer, mas os autores estão animados. “Há muito mais desafios que precisam ser enfrentados para um dispositivo do tamanho de um planeta, mas este é um bom primeiro passo”, disse Huang em entrevista ao site New Scientist.
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