As infecções por Sars-CoV-2 (Covid-19) voltaram a predominar entre as ocorrências com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios, segundo o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (20).
Casos de Covid correspondem a 41,8% dos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados nas últimas quatro semanas epidemiológicas.
“Com isso, (a Covid) volta a superar o volume de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), que correspondeu a 36,5% do total de casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para vírus respiratório entre os casos das últimas 4 semanas, ainda que os casos de VSR estejam fundamentalmente restrito à crianças pequenas. Casos associados ao metapneumovírus também apresentam crescimento recente, principalmente em crianças pequenas”, aponta a fundação.
Entre as mortes por Srag no período, a Covid tem uma participação ainda maior: 79,5%. Os demais vírus respondem por 4,6% (Influenza A), 0,7% (Influenza B) e 6,6% (vírus sincicial respiratório – VSR).
Nível dos casos de Srag no Brasil desde 2021 — Foto: Reprodução/Fiocruz
A Fiocruz alerta que há tendência de crescimento dos casos de Covid-19 em mais da metade dos estados.
“(…) 18 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 19: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins”, aponta o boletim.
Entre as capitais, 21 das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores em Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB) Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN) Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
Quem deve continuar usando máscara contra a Covid-19 mesmo com o fim da obrigatoriedade?