O documento afirma ainda que Renato poderia ter sobrevivido se não tivesse sido arremessado no rio e fosse socorrido a tempo.
Peritos do Instituto Médico-Legal (IML) explicaram que o tiro na perna foi o mais grave, mas foi “parcialmente contido pelos tecidos do entorno, com formação do hematoma na musculatura da coxa, compressão intrínseca e formação de coágulos, diminuindo a hemorragia externa”.
Por conta disso, ele não morreu imediatamente e “haveria tempo hábil para a vítima receber o atendimento emergencial necessário”.
O corpo do perito foi localizado na manhã de segunda-feira (16), três dias após o crime. Parentes o reconheceram ainda às margens do rio e se emocionaram.
O Globocop sobrevoava a área das buscas quando avistou um corpo parcialmente submerso preso sob galhos. Bombeiros o recolheram e o levaram para o solo.
Corpo é achado nas buscas por perito morto por militares da Marinha
Renato foi morto após uma discussão por causa de peças furtadas de sua obra. Ele encontrou as peças no ferro-velho de Lourival Ferreira de Lima e foi cobrar a devolução ou o ressarcimento.
Eles discutiram. Lourival, então, pediu ajuda a Bruno, seu filho e sargento da Marinha, para arquitetar uma emboscada contra o militar. Bruno chamou dois colegas para ajudá-los.
O dono do ferro-velho, Lourival, de 67 anos, o sargento da Marinha Bruno Santos de Lima, de 41, o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares, de 32, e o cabo Daris Fidelis Motta, de 46 anos, confessaram o crime e foram presos preventivamente.
Aos investigadores, os militares confessaram o crime e relataram ter jogado o corpo do papiloscopista no rio, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
Para transportar o cadáver, os suspeitos usaram uma van da força militar.
“As investigações apontam que o perito vinha sendo vítima de diversos furtos na obra que fazia da sua casa própria. Usuários de drogas entraram no imóvel e levaram tudo que tinha. O policial foi registrando as ocorrências, nós temos conhecimento que isso o estava deixando atordoado”, disse o delegado Antenor Lopes.
Buscas pelo perito Renato Couto de Mendonça em Japeri — Foto: Reprodução