Magazine Luiza (MGLU3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 161 milhões – InfoMoney

A varejista Magazine Luiza (MGLU3) registrou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no balanço do primeiro trimestre, revertendo lucro de R$ 258,6 milhões de um ano antes.

Em termos ajustado, a Magalu teve prejuízo de R$ 98,8 milhões, revertendo lucro de R$ 81,5 milhões do primeiro trimestre de 2021. O desempenho foi influenciado, principalmente, pelo aumento das despesas financeiras no período.

O resultado financeiro líquido da Magazine Luiza piorou 147,8%.  As despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 422,1 milhões, equivalentes a 4,8% da receita líquida.

“Em relação ao mesmo período do ano anterior, as despesas aumentaram 2,7 pontos percentuais, devido ao aumento da taxa de juros na economia brasileira ao longo do ano – a taxa SELIC passou de 2,00% a.a. no começo de 2021 para 11,75% a.a. no final de março de 2022”, esclarece a mensagem da administração.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Magazine Luiza somou R$ 339,5 milhões, uma queda de 51,2%, com margem Ebitda de 3,9%, ante 8,4% de um ano antes.

O Ebitda ajustado somou R$ 434,2 milhões, alta de 1,7%, com margem de 5,0%, ante 5,2% de um ano antes. Em março, a margem Ebitda atingiu 6,1%.

Projeções para balanço da Magalu

Na prévia dos resultados, a maioria das casas projetava mais um prejuízo líquido para a Magalu.

Segundo consenso da Refinitiv, em termos ajustados, era esperado um prejuízo de R$ 114 milhões, em comparação a um lucro de R$ 81,5 milhões do mesmo período de 2021. Neste quesito, as perdas vieram abaixo das estimativas, com prejuízo de R$ R$ 98,8 milhões.

Em relação ao Ebitda ajustado, a projeção era de R$ 339,86 milhões, mas veio acima do esperado, somando R$ 434,2 milhões.

Receitas da Magazine Luiza

As vendas totais, incluindo market place, da Magazine Luiza totalizaram R$ 14,124 bilhões, um aumento de 13,2%.

O e-commerce registrou crescimento de 16% e atingiu R$ 10 bilhões em vendas.  As vendas do market place do Magazine Luiza avançaram 50%, ficando acima de R$ 3,6 bilhões, e representaram 36% das vendas on-line.

Nas lojas físicas, as vendas cresceram 6% na comparação com o 1T21, para R$ 4 bilhões. “A tendência de vendas vista em janeiro e fevereiro foi significativamente melhor que no final de 2021 e, em março, o crescimento acelerou ajudado parcialmente pela menor base de comparação”, diz o comunicado do Magazine Luiza.

As vendas mesmas lojas físicas (SSS, na sigla em inglês) recuaram 2,8%.

“Na prática, repassamos para o preço final a inflação de custo dos produtos que comercializamos e o aumento da taxa de juros, o que foi refletido na margem bruta”, diz a mensagem da administração.

A empresa reafirmou seu foco em rentabilidade, principalmente para as categorias de bens duráveis.

Os níveis de estoque foram ajustados, com redução do saldo em mais de 1 bilhão de reais comparado ao fechamento de 2021. “Além disso, otimizamos as despesas variáveis e fizemos ajustes na operação para estarmos mais adaptados ao tamanho do mercado atual, que tem sofrido o impacto do cenário macroeconômico adverso”, complementa a nota.

As despesas operacionais em relação à receita líquida cresceram 2,9 pontos percentuais para 22,8%. O Magazine Luiza explica que o aumento está associado à menor diluição das despesas nas lojas físicas e ao crescimento expressivo do market place.

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