Para aqueles que já possuem doenças respiratórias, uma mudança brusca de temperatura é, sim, perigosa. É comum aumentarem os casos de rinite, asma, crises de falta de ar e pneumonia, em especial em idosos e crianças, quando isso acontece.
“Esta mudança afeta quem tem problemas de saúde, principalmente quem não está se tratando. Uma crise pode até levar a pessoa para um pronto-socorro”, alerta a alergista Andréa Cohon, do Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O frio repentino é uma agressão ao corpo, que exige que ele gaste mais energia para gerar calor e provoca uma queda na defesa do organismo. As terminações nervosas do nariz são especialmente sensíveis a mudanças bruscas de temperatura.
“O muco protetor das vias respiratórias está desprotegido por causa do tempo seco, então as doenças crônicas podem se agravar”, explica Jaquelina Sonoe Ota, professora adjunta da disciplina de pneumologia da Escola Paulista de Medicina. “Quem já tem asmas e rinossinusites deve manter o tratamento e medicações para evitar crises.”
A temperatura mais baixa gera ainda uma maior aglomeração de pessoas, o que facilita a circulação de vírus e uma maior ocorrência de infecções.
Então, para se prevenir, é importante garantir a ventilação em locais fechados, fazer higiene nasal, manter uma boa hidratação e se agasalhar bem —sem passar calor. E, claro, manter a vacinação contra gripe, coronavírus e outras viroses em dia.
Outra dica é evitar sair de ambientes muito aquecidos para a rua sem se agasalhar direito.
